segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sabe quem disse?

Passamos pela toca do coelho, recebemos conselhos de uma lagarta, ficamos amigas de um gato sorridente, frequentamos um chá maluco ou participamos de um jogo de Croqué com ouriços vivos de uma louca rainha obsecada em cortar cabeças.

Que garota nunca viajou nas doces aventuras de Alice? Faz mais de um século que a garotinha apareceu para o mundo pelas mãos de Lewis Carroll e, desde então, encanta gerações e gerações de garotas que nunca perdem a força da imaginação e da fantasia.

Pegamos emprestados de Alice a coragem, a determinação, a meiguice, traduzimos isso no nosso jeito de viver a vida, de gostar das pessoas, de falar e de se vestir. Sim, de se vestir!

Toda garota que tem um pouco de Alice em si vai adorar! O que? Alice Disse!

Vamos combinar, essas sapatilhas da Alice Disse são tão fofas que fica até difícil de escolher quais as mais bonitas!

Alice Disse é uma marca de acessórios, bijoux, bolsas, sapatos e muitos outros mimos para garotas de verdade (sim, por que menina que é menina vai amar cada coisinha da loja!).

A bolsa e o colar são dois mimos que qualquer menina que se preze gostaria de ter, concordam?  

E tem outras surpresas na Alice Disse, como canequinhas e agendas:


Todas as peças são exclusivas, e algumas tem ilustralções fofas por Júlia Lima, Jana Magalhães e Nanda Teixeira.

Vale muito a pena dar uma conferida lá no site e navegar por todas as peças, hein? 

Quem gostou (e eu sei que vocês adoraram) se cadastra lá no site e participa do Clube da Alice Disse, aproveita e fica por dentro de todas as novidades!

Agora você já sabe quem disse, né? Diz pra sua amiga, sua filha, sua vizinha também :)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

As redes sociais

João Pessoa acompanhou, no último dia 17, o Encontro Com as Redes Sociais 2010, que contou com as participações do senador eleito, Cássio Cunha Lima e o Governador eleito, Ricardo Coutinho. O debate aconteceu no estilo 360º e o tema foi o uso das redes sociais para a campanha eleitoral de 2010.

A transmissão ao vivo pela internet via Ativa Web Group estava sendo acompanhada por mais de 2117 pessoas e, lá pelas 21 horas, a hashtag do evento, #ERS2010 foi parar no primeiro lugar dos Trending Topics do Brasil, os TTs BR. As cadeiras do Teatro de Arena estavam estranhamente vagas.



Se a Ativa Web Group disponibilizasse cadeiras para seus telespectadores, certamente não caberiam no Teatro de Arena.

Caiu na rede, nem sei mais o que é.

A adaptação das “novas” mídias e seu crescimento - pra não dizer afavelamento - fizeram das redes sociais templos totalmente livres para a expansão mental personificada de qualquer um para um outro plano. A internet permite ao usuário ser quem ele quiser e as redes sociais criam uma nova gama de relacionamentos. É a virtualização do real, um reflexo descolado da vida comum. Reflexo que se aproxima tanto do real que em breve fará da própria realidade seu reflexo.

Toda vertente em busca de uma aproximação com seus públicos procura algo que possa ter em comum com ele. Com o fácil e popular acesso às mídias, o marketing eleitoral tira vantagem e moderniza seu contato, tornando-o mais rápido e eficaz de forma que atinja novos públicos: pessoas que gostam de uma interação maior e mais próxima, totalmente permitida no Twitter.

O ex-candidato José Maranhão desprezou completamente o twitter e seus usuários, taxou-os de vagabundos. Maranhão perdeu um precioso tempo se prendendo ao paradigma eleitoral passado. Talvez ele não tenha sacado: a política não é a mesma desde Obama e sua campanha 2.0. Quem se prende ao passado vai ficar por lá mesmo.

Internet não é um bicho do outro mundo. Ela é um bicho pra quem não a usa, e outro mundo para milhões de outras pessoas.

Devaneios aleatórios por Leandro Walrus e essa Chuá

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Amanda não. É Amana!

A-m-a-n-a.

Não faço ideia do que você, que está lendo esse blog agora, acha dele. Mas essas cinco letrinhas já me causaram algumas situações, reflexões, constrangimentos e afins.

Um nome pequeno com um significado bonito. Era isso que meus pais desejavam a princípio para aquele segundo filho que estava para vir à luz. Naquela época, existia uma cartilha da FUNAI com nomes indígenas e seus significados.  Essa cartilha mostra alguns nomes que eles selecionaram para mim: “Iamana”, “Amanaci” e “Endy”. Flauta, Deusa chuva ou luz... Nenhum desses. Eu me chamei Amana, chuva.

As pessoas próximas estranharam um pouco, até disseram que meu pai era um homem inteligente, bom de fazer filho, mas que não tinha talento para escolher nome.  Vê se pode!

Então eu nasci e me chamei Amana Medeiros Costa e Lins.

Quando pequena, na escola, parece que todas as meninas se chamavam Patrícia, Isabela, Vanessa, Raquel, Luciana, Rafaela, Gabriela. E de cada uma dessas tinham mais umas duas cópias. Menos eu.  Eu era a única que não tinha uma xará. Aliás, eu tinha sempre a impressão de que meu nome era errado.  Para os outros eu era a “Amanda sem o ‘d’” e essa alcunha de Amanda me acompanha até hoje.

-Quem é?
- Amana.
- Como? Alana?
- Amaaana.
-Amanda?
-Não, Amana.
-Então, Amanda!
-Ok, pois não?

Isso é bem freqüente e muitas vezes eu confirmo qualquer nome só pra evitar que a coisa se estenda.

Ganhei apelidinhos escrotos e irritantes que faziam sentido apenas para aqueles garotinhos idiotas que estudavam comigo.  Qual a graça que eles viam em gritar nos meus ouvidos “chuuuuva”, “a maaaanga”? Eles bolavam de rir. Juro.

Meu boletim do Jardim II e algumas carteirinhas da "Amanda"
Entre carteirinhas de estudantes erradas, eis que a luz surge no fim do túnel, tudo muda e o mundo começa a fazer sentido. Amana, minha xará me aparece lindamente no colégio como se fosse a salvação da minha espécie. Aquele primeiro encontro é inesquecível.

Agora eu não estava mais só, lá estava minha Maninha pra me fazer companhia no caso de alguém dizer que meu nome era esquisito. “Pois eu tenho uma amiga que se chama Amana também!”.

Hoje eu gosto do meu nome, acho que tem uma sonoridade boa, é poético, graficamente é bonito, não é comum nem esdrúxulo. Além do significado, da origem...  Ele é como se fosse eu.

E qual a relação de vocês com seus nomes? Vocês gostam? Já passaram alguma situação diferente por causa dele? Conta pra mim, que eu gosto de saber! :)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sexta feira à noite...

...a tristeza encolheu seus ombros, murchou sua face e amoleceu suas pernas.

Perdeu o ônibus, a cólica consumiu suas entranhas, o cheiro de cigarro, a música porca e o vai e vem das pessoas. Ali no meio estava alheia a tudo porque os fragmentos de uma dúvida tomavam completamente o seu raciocínio.

Viu a menina que virou moça passar, homens e mulheres correndo, mas precisava lutar contra a tristeza, e como num jogo de quebra-cabeça, juntar as peças até formar a imagem da certeza.

A lua cheia brilhava no céu, o homem da poltrona atrás da sua cantava uma seresta qualquer. Sentia-se num filme em que uma voz bonita ressoava “open your eyes...”.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Duplipensar

Já leram 1984? Eu comecei a leitura, mas para variar, não concluí. Mas, o que quero saber, ao fazer essa pergunta, é se sabem algo à respeito do ‘duplipensar’. George Orwell – autor de do livro 1984 - criou essa palavra para exprimir algo que, embora pareça impiedoso aos nossos olhos, e dissimulado para quem pratica, é algo que fazemos incontáveis vezes em nossa vida, na maioria, inconscientemente.

Para exemplificar melhor, eu colocarei aqui a definição de duplipensar por Orwell:

"Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da Democracia e que o Partido era o guardião da Democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra "duplipensar" era necessário usar o duplipensar."


É um tanto complexo para minha mente, mas sua essência é intuitivamente perceptível, e gostaria de dividir isso.

Muitas vezes temos que “duplipensar” devido às necessidades inerentes do dia a dia. A cada vez que chegamos ao nosso trabalho e temos que sorrir e agir como se nada tivesse acontecido, tendo na noite anterior acontecido algo do grande leque de coisas desagradáveis que podem acontecer. Ou quando temos que estudar para alguma prova, mesmo com um lado nosso dizendo que você devia pensar mais em si; ou quando temos que sorrir – ou chorar - para nossos pais para lhes afastar alguma verdade que achamos que “eles não precisam ficar sabendo”.

Enfim, a gama de ocasiões em que nos é possível utilizar o duplipensar é imensa. A todo segundo estamos duplipensando, duplipensando, duplipensando e duplipensando. Enfim, é algo que já faz parte de nós, e talvez nunca tenhamos atentado para isso.

Aplico essa atitude muitas vezes na minha vida, e sinceramente, não sei dizer se isso é bom ou ruim. Digo isso pelo simples motivo de ter o que alguns chamam de “queda de olho” para certas coisas. Explico: muitas vezes eu consigo destrinchar pessoas, saber, intuitivamente qual a conduta e o caráter de algumas. Não estou querendo dizer que sou adivinha, mas sim intuitiva. Os que me conhecem mais intimamente sabem bem do que estou falando. Mas, isso não necessariamente é algo bom. É algo complicado de lidar, e talvez por isso eu me afaste tanto das pessoas.

Tenho um medo desmedido de descobrir coisas daquelas pessoas a quem me afeiçôo. É algo que as pessoas chamam de “não abrir os olhos para a realidade”. Nada irá justificar, mas não é fácil saber na maioria das vezes quem é quem.
Aquele amor louco, aquele encantamento novo... Tudo isso, eu só poderia viver caso fechasse os olhos. E é o que faço muitas vezes: em nome de viver a louca paixão, fecho os olhos e me deixo levar pelo lado “Amana sem juízo”.

A Amana de verdade sabe muito bem dos dois lados da moeda. Sabe tudo o que tem que fazer para conseguir aquilo que quer. A Amana aqui sempre teve quase tudo o que quis, aliando sorte à intuição.

E isso, como já disse, nem sempre é bom. É a verdade, mas quem disse que a ela [a verdade] é sempre agradável?

"Duplipensar é a capacidade de guardar simultaneamente na cabeça duas crenças contraditórias, e aceitá-las ambas."

(16 de fevereiro de 2009)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Mas, quem são elas?

Elas precisam cozinhar. Precisam estar no ponto certo para serem degustadas. Precisam aprender também a serem mais sensíveis. Sensíveis porque precisam se fazer merecedoras às suas. As suas eram pontos de interrogação para mim. Para você, eram pontos: Irrefutáveis pontos.

Elas já diziam naquela música... “I’d pay to visit you on rainy Sundays. I’ll maybe tell you all about it someday”, mas você nem reparou.

domingo, 12 de setembro de 2010

Bons blogs, bons flickrs

(A ideia não é tratar dos blogs e flickrs mais visitados, conceituados, influentes ou populares. Quanto aos tops, não há mais a menor dúvida de que são bons, não é?!)

A queda por blogs já era bastante forte, e anda se intensificando cada vez mais! Mas a alguns meses, me dediquei a visitar muitos flickrs, conhecer trabalhos interessantes. Passei a acompanhá-los com freqüência e resolvi destacar 4 que eu mais admiro.

Sem mais delongas, vai aqui uma listinha explicativa Flickr + Blog:


Flávia Tabosa
A primeira coisa que me chamou atenção nessa mocinha foi o tamanho da inteligência inversamente proporcional à idade. Fotografa bem, escreve bem, e de quebra, ainda curte muito Engenheiros do Hawaii. Aprecie:
Flickr + Blog


Sarah Falcão
Moda, primeiramente. O Finesseland, o blog, é recheado de posts sobre o trabalho dela, curiosidades e dicas. Aliás, você conhece um brechó legal aqui em João Pessoa?! Descobri nessa postagem. Bom, confiram:
Flickr + Blog




Igor Tadeu
É ilustrador, designer, cantor e mais uma ruma de coisas. O Flickr tem alguns dos seus trabalhos, e o blog é uma "iscaçela" cheia de tirinhas legais. Ó só:
Flickr + Blog



Pensalto
No mínimo elegante a junção do Blog com o Flickr da Vanessa Maciel. Sem prolixidades ela se faz entender bem nas palavras. As figuras do Flickr são singelas que você quase desconecta. Só olhando mesmo pra entender:
Flickr + Blog

Essa é uma pequena compilação apenas. Ah, quer mais? Pode segui-los no twitter também: @flatabosa, @sarah_blackbird, @SemHoras e @pensalto

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Cubo mágico do Diversitá

Cubo mágico e comunicação. Você consegue fazer alguma ligação? Ricardo Oliveira, o Diversitá, fez uma analogia impecável na sua palestra intitulada "Narrativas transmidiáticas: a comunicação cubo mágico", ministrada hoje (ou ontem?) na UFPB para os alunos de Comunicação Social. Ele começa falando sobre o Tio Rubik, que, enquanto apreciava o um dos maiores rios da Europa, o Danúbio, teve a fantástica idéia de criar o engenhoso cubo mágico.

Mas então, cubo mágico e comunicação? Ricardo explicou que a publicidade pode ser dividida em três momentos. O primeiro, onde a forma assemelha-se a de um quadrado, onde toda a informação está ali, direta e mastigada para quem quiser ver, sem a necessidade de excitar o consumidor. O segundo momento da publicidade teria a forma de um cubo 3d, onde a mensagem tem vários lados, que são os meios onde ela pode ser veiculada, contudo é estática e ainda não estimula o consumidor a interagir. Já o terceiro e atual momento da publicidade é como um cubo mágico, onde a variedade de faces é extremamente maior, o que o torna muito mais dinâmico, através das - nem tão - novas mídias, principalmente as mídias sociais.

“Você não pensa linearmente, então por que a comunicação deveria pensar assim?”, o jornalista Ricardo empolgou toda platéia abarrotada de estudantes das várias habilitações do curso de Comunicação Social da UFPB, principalmente de Relações Públicas, passeando por uma temática bastante atual e de grande importância para quem pretende se inserir na comunicação da web 2.0.

Ricardo ainda explorou e transmitiu o conceito de transmídia, onde o foco deve ser na experiência e, substancialmente, deve conter, por exemplo, espalhabilidade, continuidade, imersão, narrativas, construção de mundos e subjetividade. De forma bastante dinâmica, o blogueiro trouxe à platéia alguns exemplos de campanhas transmidiáticas atravéz de newgames, apps sociais e multiverso complexo.

Com muitas outras abordagens, Ricardo envolveu todos os presentes, e particularmente, aguçou ainda mais a vontade que nutro sobre a comunicação social, especialmente, pelas mídias digitais. Contrastando com o conhecimento que adquiri a partir de algumas leituras e experiências, Ricardo Oliveira traz um olhar dinâmico e fundamentado de quem atua potencialmente nessa área, fazendo com que o horizonte que começo a enxergar se expanda com muito mais embasamento.

Ainda sou “ferinha” no curso de Relações Públicas da UFPB, mas foi um ótimo começo assistir palestras como as de hoje, que contaram ainda com Fábio Albuquerque e Érica Chianca, seus temas interessantíssimos e bastantes pertinentes, assunto para futuros posts!

sábado, 21 de agosto de 2010

Universidade, Okinawa, stress e Los Hermanos

Sem dúvida, atacada. Segundo semestre do ano fui pega de surpresa, e agora tenho que lidar com meio mundo de coisas novas. Revivendo grande parte de minha vida, voltei a ser a garota anti-social da escola: universidade agora. Sem contato com qualquer colega de turma e o coração disparando ao dialogar em voz alta com a professora. Voltei a perceber o nível crítico da minha timidez. Contudo, tenho de admitir a minha paixão pela comunicação, e que o motivo de eu estar na universidade não é outro que não aprender. Afinal, algo que me frustra bastante é querer comunicar e não ter um embasamento digno para isso, e agora, encontro a possibilidade de desenvolve-lo.

Obviamente, existem motivos que me influenciam e contribuem para isso (não excluindo a vontade própria), como minha irmã Raíssa, Giovanni, o namorado dela, Priscyla e Guinha (*-*): todos publicitários e designers, principalmente. O próprio fato de trabalhar numa assessoria de comunicação - apesar de ser na parte de design - me faz ter um contato, indiscutivelmente, próximo ao universo da comunicação social e alimenta toda essa paixão que estou sentindo.

Poder aplicar, ainda que experimentalmente, o conhecimento que possuo, e tudo o que ainda vou aprender é algo bastante estimulante, e o Okinawa-PB me possibilita isso. Não somos uma empresa e nem temos pretensões de que isso aconteça. Nem queremos lucrar. Apenas nos divertir e dar asas às nossas realizações pessoais, aplicando e desenvolvendo nossas próprias habilidades com o fim de trazer alegria às pessoas que apreciam a cultura japonesa. No fim das contas, é tudo um grande ciclo interativo, envolvendo amigos, trabalho, robbies e estudo.

Justamente aí, entra o stress, que nada mais é do que uma forma despreparada de conciliar todos esses fatores. Já tive crises de choro que soma outro fator a esses já citados: administração financeira. A universidade me pegou de surpresa e me desorientou. Nesse exato momento estou frustradíssima. Los Hermanos, minha banda favorita, que acabou em 2007, vai fazer apenas 3 shows esse ano, e criei bastantes expectativas sobre isso, e, justamente por essa desorientação financeira causada por quase um ano longe da universidade, resumindo: não vou ao show.

É complicado, pois não gosto de pedir coisas às pessoas. Parece um pouco de orgulho, e provavelmente é, mas ainda prefiro ajudar que ser ajudada. Porém, de ontem para hoje me questionei a respeito disso. Não sou mimada e nem vou bater o pé como tal, mas não posso deixar de negar que, quando as pessoas com quem convivo necessitam de qualquer ajuda, cá estou eu me disponibilizando a ampará-las dentro das minhas possibilidades. Mas e agora? Bom, agora não tenho mais a chance de ir.

A situação não é tão crítica nem melodramática como pode ter aparentado. Pelo contrário, é momento de aprendizado, consolidação, decisão e crescimento. Isso tudo me faz muito bastante feliz. =]

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Apreciar

Quando tudo não parece fazer muito sentido é justamente quando tudo realmente faz algum sentido. É justo nesse momento que você sente que nada lhe prende, nada lhe atormenta, nada lhe aflige ou lhe põe em dúvida. Não que você tenha lá toda a certeza do mundo. Mas, contudo, não existem tantas dúvidas. De repente, é como se uma vida nova (ou um sangue novo) brotasse dentro das suas veias, e o coração batesse n’outro ritmo.

Nesse exato momento não tenho pretensão de gritar, de extravasar... Nada disso. Sinto só vontade de ficar sossegada, observar, sentir, deixar os acontecimentos fazerem sentido por si só, ao invés de buscar vãos motivos para eles.

Quase nenhuma palavra tem me causado qualquer aborrecimento. E isso é algo bom para se apreciar. E então é isso que tenho feito: apreciar.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Quando palavras perdem

Vou escrever mil e uma palavras
para ver se chego perto
daquela imagem

domingo, 27 de junho de 2010

Poesia sem título (ainda)

Vc passou aqui aquele dia
e quando me dei conta,
tinha levado minha atenção.

Agora passo o dia prestando atenção
pra ver se vc passa
e me devolve ela

Vc passou aqui denovo
e quando me dei conta,
Tinha levado muito mais. ...
Agora passo o dia muito mais,
pra ver se vc passa
e me devolve, pelo menos, minha atenção

Vc passou aqui denovo
e percebi que nunca levou nada,
dei tudo sem perceber

agora passo o dia sem perceber
se vc passa
e me devolve tudo de volta.

Do Guinha :)

***

O dia mereceu triple post para compensar os dias ausentes em que o medo de escrever me consumia. Aliás, ainda não escrevi muito. O pouco está guardado na minha agenda.

A poesia (ou poema?) aí em cima é do Gonzaga, que é quase um BomBril – Mil e Uma Utilidades! Custaram-me alguns dólares a liberação dela, mas eu tinha bastantes pontos para isso =]

Quase um ano depois

"Que audácia a minha em tentar ser atroz quando isso não me constitui e nem a minha propensão. Contudo isso se torna forçoso tantas vezes, que meus atos fogem à minha mera vontade sutil de agir e acabo como quem não sabe o que diz; como quem não domina os próprios sentimentos, quanto mais as palavras.

Freqüentemente tenho me sentido testada pelo universo voraz no qual estou submersa e sem qualquer possibilidade de fuga. Dentro deste universo que me traga, todos os defuntos dos meus erros resolvem levantar-se para uma noite de assombração que parece nunca findar.

E por mais que eu tente tornar-me uma pessoa frugal, mais me parece não ser esse o meu fado. Indago-me quão alto há de se o nível de perfeição necessário para se atingir a paz.

O que obtenho como resposta não me satisfaz, uma vez que me provoca a apavorante sensação de ineficácia. Descubro que não há saída, se não esperar que o cenário mude, porque os atores serão sempre os mesmos. Assim poderei, por um breve tempo, iludir-me conscientemente que a alforria dos problemas que me assolam é alcançável, porém sabendo ser ela algo insolúvel, a qual só me resta sua busca, dela será feita, então, minha paz.

Amana

30 de junho de 2009

16:34 "


Um ano é muito e é pouco tempo. Mas faz tanta diferença.

Hey Jude



Escutar essa música passa uma sensação apaziguadora, como se ela própria carregasse consigo um espírito de esperança.

Ela diz: “Hey, Jude, não tenha medo,
Você foi feito para sair e conquistá-la,
No minuto que você deixá-la entrar na sua pele,
Então você começará a melhorar.”

E é exatamente assim que acontece. É como se você deixasse para lá todos os medos e tudo ficasse mais bonito, mais cheio de luz. Como se o sorriso das pessoas brilhassem mais e os olhos fossem mais profundos. Então você pensa em abraçar todos e lhes dizer o quanto são especiais e que sempre poderão contar com você.

Tá, eu sei que a vida não é bela, mas acredito que cada um faz sua parte no seu pequeno mundo.

Gosto de agora, desse exato momento: os rostinhos, as palavras, os sorrisos me fazem bem.

Eu só tenho que dizer “obrigada”, né? :)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

12 de junho, Dia dos Namorados



Oh, você não tem um!?

Vou dar umas boas risadas nesse 12 de junho. Levar as coisas com bom humor é sempre a melhor estratégia.

:)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sobre de hoje em diante

Querida Amana,

Sei bem que hoje você está se sentindo culpada por ter se negado a ajudar alguém. Queria, portanto, que você se lembrasse de algumas coisas, antes de qualquer coisa.

A garrafa de cerveja atirada violentamente ao chão quando você foi queixar-se com ele, chorando, sobre não estar se sentindo bem e aqueles olhos esbugalhados furiosos proferindo palavras ofensivas, sei bem, são imagens que demorarão tempos para serem esquecidas. Mas não esqueça, quero lhe lembrar mais.

Não esqueça do ano que você perdeu na escola por causa dele. Lembre-se dos amigos que você deixou para trás para não deixá-lo só e também de quantas vezes ele a deixou sozinha por causa dos amigos dele.

Nunca esqueça que ele mentiu inúmeras vezes, que lhe traiu e que lhe trocou por outra 30 vezes mais feia (e mal educada) que você. Lembre-se que ele, após perceber a asneira que tinha feito, correu atrás de você. Você perdoou, e todo santo dia o perdoava, porque você é digna.

Nunca esqueça que ele mentiu na primeira vez que tranzaram, e que na maioria das outras vezes, ele não se esforçava muito para fazê-la sentir-se bem. Aliás, lembre-se que as maiores mentiras dele, você só soube pela boca de outras pessoas, muito tempo depois.

Lembre-se também, das dívidas que você fez para agradá-lo, dos problemas familiares que enfrentou só para estar ao lado dele, e jamais esqueça que ele jogou tudo para o alto e, ainda por cima, não lhe deu o direito de ter um “final” pessoalmente. Ele foi covarde e fez isso pela internet.

Não esqueça que, na maioria das vezes, ele não negou esforços para lhe ajudar; que tinha um abraço muito reconfortante; que te lhe aguçou o gosto pela literatura e lhe apresentou muito sobre música. Lembre-se das conversas gostosas, das risadas e das leituras.

Eu sei também que quase três anos não se resumem em tão poucas palavras, mas hoje, querida, não se sinta culpada. Você foi fiel, no real sentido que essa palavra tem. Mas hoje é você que tem que se fazer feliz, tem que cuidar de si e sorrir por ser quem você é.

Não se envergonhe, não sinta culpa, não se sinta inferior nem indigna. Você é uma andorinha livre agora. Portanto você pode se dar o direito de experimentar e fazer tudo aquilo que lhe faz feliz (ou então descobri-las).

O Renato disse uma vez, e eu vou repetir para você não esquecer nunca mais: “Se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo”. Somos as melhores amigas do mundo, mesmo você tendo me esquecido por um tempo. Mas eu não vou te abandonar. Afinal, somos uma só.

De quem mais te ama no mundo,

Amélia.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Sobre despedida

Tenho que explicar, porque talvez alguém para quem eu não deixei maiores explicações se surpreenda um pouco. Eu não sou desse mundo. Eu não pertenço às condições desse mundo. O que eu tenho aqui? Coisas materiais? Grande porcaria! Um futuro que me fará morrer de trabalhar para ter dinheiro, casa, carro e não poder usufruir?

O que mais? Isso faz sentido? Esse mundo e todas as desgraças dele fazem sentido? É esse o lugar que eu tenho que viver, junto de pessoas hipócritas, mentirosas e traiçoeiras? Ou até mesmo perto de pessoas que estão a todo segundo buscando uma forma se inflar seu ego?

Oras, que se danem as pessoas! Claro que não! Eu vou viver só? Eu não sou uma planta.

Esse mundo não me nutre, não me instiga... Eu só consigo acreditar que existe outro! E se não existir, ótimo. Não existirá nada.

É esse nada que eu quero, por que esse tudo é repugnante.

Sobre as sacanagens da vida


Pra falar a verdade, eu nem sei se estou sobrevivendo tão bravamente assim. O que eu sei é que já passei por coisas que nem eu mesma considerei um dia que poderia passar.

She loves the rain


Pra descontrair um pouco essa bagaça.

Sobre lembrar-se da ausência

Custoso, mas finalmente consegui acordar para o dia. A cabeça pesava alguns notáveis quilos e os olhos pareciam não querer abrir mais. Olhei as horas e concluí que não estava tão atrasada como eu achei que fosse estar. Ainda deitada, tentei buscar algum sentido naquele dia, mas não achei. Estava tudo – aparentemente – bem.

Ocorreu-me nesse caso, uma lembrança. Na realidade, um fato. “- É, ele não está comigo”. Acho que depois de tanto tempo, nunca houve um dia em que tivesse me passado despercebido esse fato. Ainda deitada, identifiquei o motivo da cabeça pesada e olhos inchados.

Provavelmente muitas pessoas têm de mim a visão de uma garota boba ou até cega. Mas eu é que não compreendo como hoje em dia ser fiel e dedicada tem uma conotação tão negativa. Por Deus, eu valorizo e respeito as coisas quando elas realmente têm valor e consigo controlar muito bem o meu orgulho ao ponto de exercer o perdão (ou mesmo as desculpas) que for necessário por um bem muito maior do que simples besteiras que fazem as pessoas discutirem. Muita gente confunde falar a verdade com humilhação. Explico: se você ama/gosta de alguém, e esse alguém por sua vez, não quer nada contigo, e você fala com veemência o que você sente, isso é se humilhar? Agora se você não gosta ou odeia outra pessoa e lhe diz isso na cara, bom, você será visto como alguém melhor do que eu.

Estou abismada. Eu não entendo mais nada. O mundo é complicado, desumano e desonesto de mais para a pessoa que eu sou. E, especificamente nesse caso, é conflitante escutar que “você não merece, você é uma pessoa ótima, você é perfeita, dedicada, fiel, responsável, carinhosa, boa” e ainda assim não merecer a quem você se dedicou, foi fiel, responsável, carinhosa e boa. Dá pra entender esse mundo?!

Ei, você. Não existe um amigo melhor, um companheiro mais fiel, um par de olhos castanhos mais lindos, um abraço mais reconfortante, uma palavra mais tranqüilizadora, um sorriso e um carinho mais especial que o seu.

E, ei, os que não são você. Isso não será visto, não será entendido, não será assimilado. Isso não passará de palavras tolas jogadas em algum recanto perdido dos confins da web. E essa, igualmente, tola garota que vos escreve, vai voltar ao mesmo estado de sempre: esperando.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sobre aquela mochila

Hoje faz quinze dias que minha mochila coberta de desenhos japoneses está desamparada num canto qualquer ao lado da minha cama. Dentro dela constam objetos pelos quais nutro certo pavor de trazê-los à luz do dia. E por esse motivo que, aqui do lado de fora, torço para que o medo vá embora, e eu possa, por fim, esvaziá-la e trazê-la de volta ao seu habitual uso.

Ok, talvez pareça um pouco de exagero, mas o fato é que ela está lá, abandonada, e em nenhum momento eu me perguntei por que simplesmente rompi com a pobre coitada que pouquíssimo tempo antes era meu xodó. Com exceção de hoje.

Hoje faz quinze dias que reuni tudo o que fosse sólido que pudesse me fazer lembrar de algo que, inutilmente, eu finjo que quero esquecer, pus numa caixa, e num pranto calado, juntei uma carta e cessei provisoriamente aquele melancólico e isolado fim.

Dia seguinte, fui de encontro ao destinatário daquela pesada caixa cheia de boas lembranças. Sob um sol quente das 10 horas da manhã de um domingo triste, caminhei quase sem forças com as lágrimas escorrendo sob a face e os braços dormentes pelo peso.

Conversei horas com a mãe que, por vezes é igual, e outras, é tão diferente daquele filho. Fiz-me entender que tinha consciência de que o erro, naquela ocasião não era meu e, assentindo ela comigo, tive certeza que eu não estaria só.

Numa tentativa de talvez reproduzir aquele ato de desfazimento, entregue pelas mãos daquela mãe, tive de volta um livro, um porta-retratos e um cartão nominal. Guardei os objetos na bolsa em questão e, chegando em casa, nunca mais a usei ou tive coragem de tirá-los de lá.

Meu irmão menor, buscando pelas Aventuras de Alice no País das maravilhas, acabou por encontrar o livro na bolsa desolada ao lado da cama. Eu, que não vou me negar a sacar meu suado salário, tive de pegar o cartão. O porta-retratos não. Ele ainda está lá dentro com aquele registro em papel de um momento feliz.

Obviamente esse pavor logo passa, e quem sabe, aquela mochila volta a ser útil.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Se tudo é tão ruim, por onde eu devo ir?

O tempo parece que nunca para. Aliás, ele não para. Mas ultimamente o tempo tem sido uma correria desenfreada. Sou menina de calmaria, de paz, de segurança.

Também tenho andado abismada com o ser humano. Desenvolvi por nossa espécie um olhar fascinado por muitas coisas, principalmente pelas particularidades de cada um. Conseguia me apaixonar por técnicas, palavras, defeitos, carisma e personalidade.

Hoje sinto um enorme desgosto. Como prezo muito por bons valores como honestidade, respeito e compromisso, tenho uma séria dificuldade em assimilar mentiras, ou atitudes que contrariem esses valores.

Tenho muito o que aprender ainda.

Eu cansei de ser assim
"Não posso mais levar
Se tudo é tão ruim
Por onde eu devo ir?
A vida vai seguir
Ninguém vai reparar
Aqui neste lugar
Eu acho que acabou
Mas vou cantar
Pra não cair
Fingindo ser alguém
Que vive assim de bem

Eu não sei por onde foi
Só resta eu me entregar
Cansei de procurar
O pouco que sobrou
Eu tinha algum amor
Eu era bem melhor
Mas tudo deu um nó
E a vida se perdeu
Se existe Deus em agonia
Manda essa cavalaria
Que hoje a fé
Me abandonou"

O pouco que sobrou - Los Hermanos

domingo, 23 de maio de 2010

E aí?

E essa voracidade com que se agarra ao triste usando-o como escudo? E essa forma absurda de enxergar o mundo quando a realidade não é tão cruel? E essa rispidez que trata os que lhe querem bem?

Talvez dessa forma, tudo o que vai conseguir será uma vida fria e angustiante. Talvez o amor só apareça para quem quer enxergá-lo.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Saia Justa

Quando se precisa ganhar espaço no ramo em que você pretende se inserir, muitas vezes é preciso admitir certas situações que, sob circunstâncias normais, você não admitiria. Ou, por outro ângulo, têm-se a oportunidade de conhecer – e até experimentar! - determinadas culturas.

Sábado pela manhã, preparo a mala para a viagem. Acomodo o vestido de festa em algum lugar dentro da mochila. O sol de “rachar” me avisava pela janela que é melhor eu vestir algo que me deixasse mais à vontade, afinal, eu não ia querer estar desconfortável dentro de um ônibus numa viagem de 2 horas.

Óculos de sol, camiseta, short e chinelos.

Encontro com o resto do pessoal, e partimos com os equipamentos para o local marcado. Ao chegar, ouço da minha amiga: “Amana, você reparou a forma como todas as meninas estão vestidas aqui?” Pimba! Estavam todas de vestidos ou saias abaixo do joelho.

A coordenadora da excursão rumo ao casamento em Recife, com quem estávamos contatando, logo veio em nossa direção, e façam suas apostas na primeira coisa que ela observou!

Falou com minha amiga, mas eu estava ao longe conversando com o noivo dela, em seguida, veio em minha direção: “Oi, não tinha como você pôr uma saia, ou um vestido?”, eu constrangidíssima, falo a verdade: “Bom... Não. Só trouxe o vestido da festa, mas não vou usá-lo agora.”, ela prossegue: “É que são as regras da escola e também têm muitos homens aqui. Vou conseguir uma emprestada para você usar.” Ela, então, falou com uma das seminaristas, que me levou até o dormitório, e me cedeu uma saia.

Eu segurei as lágrimas. Senti-me discriminada, como se por usar shorts, eu fosse alguém menos digna ou uma ameaça aos garotos de lá. Fui apenas para cumprir o papel para o qual fui designada: fotografar o casamento.

Acomodamo-nos em nossas predeterminadas poltronas (13 e 14), e novamente minha sábia amiga observa: “Já notou como as pessoas estão dispostas dentro do ônibus?”. E só então noto que os homens estão todos sentados na primeira metade e as mulheres no fundo. O noivo da minha amiga estava sentado sozinho na primeira poltrona, e imaginem que ele, já furioso com o episódio da saia, ainda teve de passar um par de horas sentado sozinho.

Fiquei chocada, pois achei o olhar tão maldoso para com todos. Como se por vestir um short, ou sentar perto de uma pessoa do sexo oposto, fosse um desrespeito a quem (ou “o que”) quer que seja.

Não cabe a mim discutir aqui qualquer coisa sobre religião, aliás, não tiro a razão da senhora que, educadamente, solicitou-me a adequação ao modo de vestir da escola, mas posso expor o quanto me senti diminuída perante todos ali e como, cada dia que passa, discordo cada vez mais do apego exacerbado à certos padrões.

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Post no Fotolog

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Literalmente almoçar

Há muito que não escrevo e há tanto para contar. Talvez para alguém que quisesse escutar aquelas conversas cotidianas, o comentário daquele filme, ou o diálogo com a mãe.

Hoje a hora do almoço, tornou-se literalmente ‘a hora do almoço’, onde simplesmente se come a comida que está no prato. Eu tinha minhas conjecturas do contexto “social” de um almoço, que seria aquele momento de se alimentar, conversar, trocar uma idéia, fofocar, lamentar...

Entendo perfeitamente que em um determinado momento da vida de cada ser humano, acontecem coisas que servem para deixá-lo mais responsável e a exemplo disso, o trabalho. Alguns mais cedo, outros nem tanto, mas, convenhamos que, gente que é gente, tem que trabalhar. É como ouvi uma vez: “o trabalho edifica o homem”, e em todos os sentidos. Aperfeiçoamento material, mental, espiritual, intelectual e mais uma infinidade delas. O fato é que o trabalho tem deixado muitas coisas importantes para o indivíduo em segundo plano. A hora do almoço: parece até um desperdício de tempo comer e conversar.

Eu tenho andado só, e sem nenhum direito de reclamar disso ou daquilo. Mas é um “só” à espera. É um tanto quanto complicado, e talvez só eu mesma entenda isso, mas é assim que estão as coisas. Enquanto espero e guardo o melhor de mim. Mas as pessoas, o mundo, eu, você parece que não ligam! Oras, e o amigo, o pai, a mãe, o primo, o marido, o namorado, tem lugar pra eles ou é perda de tempo? Só vale a companhia deles quando você não tem o que fazer? E a hora do almoço?

Vou catar a verdura do feijão assim: o prato e eu.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A primeira manhã de 2010

Existem certas coisas na vida de uma pessoa, que por mais que você atue daqui, articule dalí, ela nunca dará certo enquanto você esperar por ela. Talvez um dia, por mero acaso, a coisa aconteça. A estratégia é não criar expectativas.

No meu caso, as expectativas se aplicam (ou aplicavam?) à aguardada festa de Réveillon, que, há quatro anos espero comemorá-la ao meu modo, e como já esperam, não deu certo.

Quando tinha 16 anos, amigos novos, turma nova, uma ilusória independência, me fez criar minha primeira expectativa à respeito da festa da virada de 2006 para 2007. Acabou que passei na nossa populosa e barulhenta praia de Intermares, ao som de uma banda de pagode qualquer. Horrível.

No ano seguinte, viajei para o sítio da minha avó, no interior da Paraíba. Seria um Réveillon com toda a família reunida. E foi. O caso é que eu, garota besta de 17 anos, apaixonadíssima pelo namorado, fiquei quase que aos prantos por estar longe dele. É importante ressaltar que faltou água durante toda a noite e que findamos por não tomar banho?

Camboinha: destino da família na virada de 2008 para 2009. Estar totalmente excluída do mundo, triste, ter marcado com os amigos e furar de última hora foi o fim da picada.

O último, ou seja, de ontem para hoje foi até legal, apesar de ter repetido a praia de Intermares, que continua barulhenta e populosa (além de “pagodeirenta”). Engraçado, passei a virada caminhando com bebidas na mão que eu estava levando para a tenda da minha tia. A festa acabou cedo, meu namorado novamente estava longe...

A meta para os próximos Réveillons é não criar expectativa alguma. É só uma festa. Só. São 05:48 da manhã. O céu está lindo de morrer. E eu sou apaixonada pela luz morna das manhãs que eu raramente vejo porque sou muito preguiçosa pra acordar cedo. E, magicamente, a primeira manhã de um novo ano, tem um espírito diferente, de esperança. É o que eu consigo ver por essa janela.

Bom novo dia a todos.
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