domingo, 27 de junho de 2010

Quase um ano depois

"Que audácia a minha em tentar ser atroz quando isso não me constitui e nem a minha propensão. Contudo isso se torna forçoso tantas vezes, que meus atos fogem à minha mera vontade sutil de agir e acabo como quem não sabe o que diz; como quem não domina os próprios sentimentos, quanto mais as palavras.

Freqüentemente tenho me sentido testada pelo universo voraz no qual estou submersa e sem qualquer possibilidade de fuga. Dentro deste universo que me traga, todos os defuntos dos meus erros resolvem levantar-se para uma noite de assombração que parece nunca findar.

E por mais que eu tente tornar-me uma pessoa frugal, mais me parece não ser esse o meu fado. Indago-me quão alto há de se o nível de perfeição necessário para se atingir a paz.

O que obtenho como resposta não me satisfaz, uma vez que me provoca a apavorante sensação de ineficácia. Descubro que não há saída, se não esperar que o cenário mude, porque os atores serão sempre os mesmos. Assim poderei, por um breve tempo, iludir-me conscientemente que a alforria dos problemas que me assolam é alcançável, porém sabendo ser ela algo insolúvel, a qual só me resta sua busca, dela será feita, então, minha paz.

Amana

30 de junho de 2009

16:34 "


Um ano é muito e é pouco tempo. Mas faz tanta diferença.

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