quinta-feira, 16 de julho de 2009

Compostura

Aconteceu que hoje não fui trabalhar. Acordei com dores horríveis em todo o corpo e na cabeça. Isso durou todo o dia, me deixando fraca e sem apetite. Mas o que isso tem de especial? Pude ler. Li durante toda manhã e tarde. ‘A insustentável leveza do ser’ me faz acreditar que Milan Kundera atingiu um dos seus muitos objetivos no livro: a identificação. Horas sinto-me como Tereza, insegura e dependente com seu livro na mão, crendo que essa atitude é particular a certas pessoas. Outras, como Sabina, que sente repúdio e desejos pelas mesmas coisas.
Agora a pouco, preparava minha janta, e pensei se seria tão feio assim falar de mim. É? Admiro as pessoas que escrevem sem tocar abertamente na sua vida pessoal, e sim tiram impressões muito bem colocadas sobre as vivências. Não tenho esse dom, e sinto. Também não tenho gostos e percepções apuradas (nem um português muito correto). Não sou craque em citações. Mas, o que tem isso? Nada de mais. Só acho que não vou ficar me enchendo de pudor todo o tempo.
Isso me pareceu algo um tanto “rebelde sem causa” da minha parte. Não é nada de querer “chutar o pau da barraca”, inclusive por que isso não faz o meu tipo. É mais algum tipo de aviso sobre eu ainda ser tão ruim justamente nas coisas em que eu mais admiro. Vai foto da Sally, uma das minhas personagens preferidas das tirinhas do Snoopy. Menininha petulante, muitas vezes sem razão, mas por boas causas.
Prometo fazer com que isso ainda seja bom. Ajuda?

Um comentário:

  1. Gostei desse espaço. Adorei! Fiquei também surpresa com a sua visita, Amana! Quem sabe a gente não estreita os laços por essas dimensões? Abraço, viu... :)

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