sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Amanda não. É Amana!

A-m-a-n-a.

Não faço ideia do que você, que está lendo esse blog agora, acha dele. Mas essas cinco letrinhas já me causaram algumas situações, reflexões, constrangimentos e afins.

Um nome pequeno com um significado bonito. Era isso que meus pais desejavam a princípio para aquele segundo filho que estava para vir à luz. Naquela época, existia uma cartilha da FUNAI com nomes indígenas e seus significados.  Essa cartilha mostra alguns nomes que eles selecionaram para mim: “Iamana”, “Amanaci” e “Endy”. Flauta, Deusa chuva ou luz... Nenhum desses. Eu me chamei Amana, chuva.

As pessoas próximas estranharam um pouco, até disseram que meu pai era um homem inteligente, bom de fazer filho, mas que não tinha talento para escolher nome.  Vê se pode!

Então eu nasci e me chamei Amana Medeiros Costa e Lins.

Quando pequena, na escola, parece que todas as meninas se chamavam Patrícia, Isabela, Vanessa, Raquel, Luciana, Rafaela, Gabriela. E de cada uma dessas tinham mais umas duas cópias. Menos eu.  Eu era a única que não tinha uma xará. Aliás, eu tinha sempre a impressão de que meu nome era errado.  Para os outros eu era a “Amanda sem o ‘d’” e essa alcunha de Amanda me acompanha até hoje.

-Quem é?
- Amana.
- Como? Alana?
- Amaaana.
-Amanda?
-Não, Amana.
-Então, Amanda!
-Ok, pois não?

Isso é bem freqüente e muitas vezes eu confirmo qualquer nome só pra evitar que a coisa se estenda.

Ganhei apelidinhos escrotos e irritantes que faziam sentido apenas para aqueles garotinhos idiotas que estudavam comigo.  Qual a graça que eles viam em gritar nos meus ouvidos “chuuuuva”, “a maaaanga”? Eles bolavam de rir. Juro.

Meu boletim do Jardim II e algumas carteirinhas da "Amanda"
Entre carteirinhas de estudantes erradas, eis que a luz surge no fim do túnel, tudo muda e o mundo começa a fazer sentido. Amana, minha xará me aparece lindamente no colégio como se fosse a salvação da minha espécie. Aquele primeiro encontro é inesquecível.

Agora eu não estava mais só, lá estava minha Maninha pra me fazer companhia no caso de alguém dizer que meu nome era esquisito. “Pois eu tenho uma amiga que se chama Amana também!”.

Hoje eu gosto do meu nome, acho que tem uma sonoridade boa, é poético, graficamente é bonito, não é comum nem esdrúxulo. Além do significado, da origem...  Ele é como se fosse eu.

E qual a relação de vocês com seus nomes? Vocês gostam? Já passaram alguma situação diferente por causa dele? Conta pra mim, que eu gosto de saber! :)

10 comentários:

  1. de vez em quando trocam Gonzaga por Gonzalez. --'

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  2. Ruber sofre deste problema também.

    Em meu caso, apesar de me chamar Diogo, costumam me chamar de Rodrigo, Rodolfo e até Washington (como uma aluna minha). Engraçado que raramente erram pra Diego, mas enfim...

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  3. Gente, um problema desses no primeiro nome é complicado. Vivo algo parecido, mas em relação ao meu último sobrenome (Last name): Morais

    Sempre tenho de dizer "É Morais com "i" de Igreja", senão já viu né!?

    Vários documentos tive de tirar novamente, confusões etc. Vai saber xD

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  4. Eu morei numa rua com 5 Diegos

    Não tenho problema com meu nome, exceto nos momentos que alguém me confunde com Diogo ou com meu irmão Danilo...é. Eu tenho problemas com meu nome ¬¬'

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  5. kkkkk....gostei! Meu nome também é Amana, mas por incrível que pareça só conheci algumas pessoas chamadas Amana por causa do orkut e uma porque foi em homenagem a minha pessoa. Também sempre tive esse probleminha de me chamarem por todos os nomes, menos Amana. Mas tive mais sorte que você em questão de documento. Todos estão escritos de forma correta. Agora o seu é MedeiroS e o meu é MedeirO e sempre acrescentam o S...

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  6. Gonzaga tava contando sobre como teus pais escolheram teu nome e eu ache tão lindo, tão original.
    E poético! Poderiam até escrever: chove Amana, chove de mansinho pro resto da vida, para deixar meu jardim mais verdinho e meus dias mais calmos.


    Meu nome é comum, Vanessa. Sempre tinha eu e mais duas na sala. Eu queria me chamar Bárbara hahah tanto que as vezes quando vou aos restaurantes japoneses que pedem nome, digo: Bárbara, torcendo p q alguém que conheço não chegue: Vanesssaaa, qnto tempo!
    hahaa
    Mas quem sofre com isso é Urias, tadinho.
    de uréia, passando por urinas e uretra, já chamaram ele de tudo.

    Chegou um dia no meu prédio:
    - Interfona para Vanessa do 502, é Urias.
    - Certo. Vanessa, Elias está aqui embaixo.
    - Quem?
    - Elias... não não, Golias...
    - não conheço não
    - Desculpa, Eurias tá aqui...

    tadinho!
    :)

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  7. "Patrícia, Isabela, Vanessa, Raquel, Luciana, Rafaela, Gabriela." Meu pai diz que esses são nomes de "Meninas de Creche", sempre rio quando ouço isso. Tem um amigo que reclama que quem tem nomes comuns também sofre um pouco, porque é como se você não tivesse identidade, seu nome é seu e de várias outras pessoas. Acho que o nome que você tem acaba ajudando a moldar a sua personalidade, a visão que você faz de si mesmo.

    Quando eu era criança não gostava do meu nome, escrevia "Rosa", que é o significado em Russo, nas tarefinhas de casa. Achava que era um nome de pessoa velha.

    Quando fui crescendo a situação inverteu, hoje amo meu nome. Tenho orgulho dele porque conheci a história de Olga Benário e é legal ter um nome de uma pessoa que meus pais admiravam. Também gosto porque como o seu é único e especial (meio exótico até). Todos os meus amigos só conhecem uma Olga, que sou eu.

    Dificilmente confundem, às vezes escrevem com H (como a câmera) e o sobrenome é que dá problema: Clarindo, constumam esquecer o D.

    É lindo o significado do seu, Chuva, nunca mais vou esquecer.

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  8. @Luiz
    Verdade. Já perguntaram por você à mim com um "Gonzalez".
    Quando te conheci, achei que “Gonzaga” era sobrenome. Mas não, é nome. Um nome lindo! É o Gonzagão, o Gonzaguinha. Acho que é por isso que, mesmo sem nem te conhecer, você ficou gravado no meu inconsciente desde que alguém tocou no seu nome pela primeira vez na minha frente. Tua carinha de verdade, só vim conhecer bem depois, rs

    @RealDiogo
    Washington? Hahaha, aí foi peso! Normal seria errar pra Diego mesmo :p

    @Mizerable
    Bruuuuno, que visita mais inesperada :D
    Bom, acho que de hoje em diante nunca irei errar ter nome :)

    @Diego
    Poisé, deve ter tido algum "Diego" em alguma novela na época que tua mãe tava grávida de você. Feito na época de “Terra Nostra”. Saiu muito menino com nome de "Mateus" ;p

    @Anônimo
    Olha que coisa mais chique! Existe uma nova amaninha no mundo em homenagem a você. E que coincidência! Amana Medeiro! Há!

    @pensando alto
    Vanessa, li o que você escreveu para minha mãe. Ela gostou, e eu também!
    Aaaah, você tem a mesma mania que eu, só que minto pra Juliana. Não sei por quê.

    @olga
    Manda um alô pro teu pai, diz que adorei a tirada dele sobre nomes de "Meninas de creche"! Teu nome é lindo, tem uma sonoridade linda, é forte, tem personalidade. Depois que conheci a história de Olga Benário Prestes fiquei mais encantada ainda com esse nome :)

    Gentz, adorei a participação de vocês! Trocas são sempre bem vindas. Obrigada :*

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  9. Meu nome é bem comum, por isso não gosto muito dele, mas não chego a pensar em outros no lugar. O que me irrita mesmo é as pessoas SEMPRE escreverem ele com H. É Tiago, cacete, não Thiago! ¬¬

    Na minha sala, sempre, MAS SEMPRE tinha um outro Thiago. O recorde foi 4 Thiagos, na 7ª série.

    Achava super chato a pessoa escrever meu nome errado, quando tava deixando um recado no Orkut. Porra! Meu nome tá ali do lado, escrito certo! Qual era a dificuldade? LER?

    Enfim, também não gosto muito do significa do meu nome, biblicamente falando.

    =D

    Ps: Ikari falando

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  10. Meu avô tem e minha babá tinha problema de dicção, sempre me chamavam por FRávia, o que me tirava do sério.
    Hoje em dia tenho problema com meu segundo nome e os sobrenomes.
    Naiara com I, sempre preciso falar. As pessoas adoram enfeitas nomes com Y.
    Tabosa - Não é Barbosa
    Pinheiro, no singular. Sempre colocam no plural.

    Essa história de nome é engraçada. Tenho um amigo que se chama Alexandre, mas chamo ele de Rafael. Ele tem cara de Rafael. UAHUHAHAUHA
    Ele não gosta muito quando troco o nome dele, mas às vezes sai inconscientemente.

    Ah, gostei demais do post, AmaNa. :D
    E foda é ver as carteirinhas e até boletim com o nome errado. Parece que a pessoa tem outra identidade.

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