quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Cubo mágico do Diversitá

Cubo mágico e comunicação. Você consegue fazer alguma ligação? Ricardo Oliveira, o Diversitá, fez uma analogia impecável na sua palestra intitulada "Narrativas transmidiáticas: a comunicação cubo mágico", ministrada hoje (ou ontem?) na UFPB para os alunos de Comunicação Social. Ele começa falando sobre o Tio Rubik, que, enquanto apreciava o um dos maiores rios da Europa, o Danúbio, teve a fantástica idéia de criar o engenhoso cubo mágico.

Mas então, cubo mágico e comunicação? Ricardo explicou que a publicidade pode ser dividida em três momentos. O primeiro, onde a forma assemelha-se a de um quadrado, onde toda a informação está ali, direta e mastigada para quem quiser ver, sem a necessidade de excitar o consumidor. O segundo momento da publicidade teria a forma de um cubo 3d, onde a mensagem tem vários lados, que são os meios onde ela pode ser veiculada, contudo é estática e ainda não estimula o consumidor a interagir. Já o terceiro e atual momento da publicidade é como um cubo mágico, onde a variedade de faces é extremamente maior, o que o torna muito mais dinâmico, através das - nem tão - novas mídias, principalmente as mídias sociais.

“Você não pensa linearmente, então por que a comunicação deveria pensar assim?”, o jornalista Ricardo empolgou toda platéia abarrotada de estudantes das várias habilitações do curso de Comunicação Social da UFPB, principalmente de Relações Públicas, passeando por uma temática bastante atual e de grande importância para quem pretende se inserir na comunicação da web 2.0.

Ricardo ainda explorou e transmitiu o conceito de transmídia, onde o foco deve ser na experiência e, substancialmente, deve conter, por exemplo, espalhabilidade, continuidade, imersão, narrativas, construção de mundos e subjetividade. De forma bastante dinâmica, o blogueiro trouxe à platéia alguns exemplos de campanhas transmidiáticas atravéz de newgames, apps sociais e multiverso complexo.

Com muitas outras abordagens, Ricardo envolveu todos os presentes, e particularmente, aguçou ainda mais a vontade que nutro sobre a comunicação social, especialmente, pelas mídias digitais. Contrastando com o conhecimento que adquiri a partir de algumas leituras e experiências, Ricardo Oliveira traz um olhar dinâmico e fundamentado de quem atua potencialmente nessa área, fazendo com que o horizonte que começo a enxergar se expanda com muito mais embasamento.

Ainda sou “ferinha” no curso de Relações Públicas da UFPB, mas foi um ótimo começo assistir palestras como as de hoje, que contaram ainda com Fábio Albuquerque e Érica Chianca, seus temas interessantíssimos e bastantes pertinentes, assunto para futuros posts!

sábado, 21 de agosto de 2010

Universidade, Okinawa, stress e Los Hermanos

Sem dúvida, atacada. Segundo semestre do ano fui pega de surpresa, e agora tenho que lidar com meio mundo de coisas novas. Revivendo grande parte de minha vida, voltei a ser a garota anti-social da escola: universidade agora. Sem contato com qualquer colega de turma e o coração disparando ao dialogar em voz alta com a professora. Voltei a perceber o nível crítico da minha timidez. Contudo, tenho de admitir a minha paixão pela comunicação, e que o motivo de eu estar na universidade não é outro que não aprender. Afinal, algo que me frustra bastante é querer comunicar e não ter um embasamento digno para isso, e agora, encontro a possibilidade de desenvolve-lo.

Obviamente, existem motivos que me influenciam e contribuem para isso (não excluindo a vontade própria), como minha irmã Raíssa, Giovanni, o namorado dela, Priscyla e Guinha (*-*): todos publicitários e designers, principalmente. O próprio fato de trabalhar numa assessoria de comunicação - apesar de ser na parte de design - me faz ter um contato, indiscutivelmente, próximo ao universo da comunicação social e alimenta toda essa paixão que estou sentindo.

Poder aplicar, ainda que experimentalmente, o conhecimento que possuo, e tudo o que ainda vou aprender é algo bastante estimulante, e o Okinawa-PB me possibilita isso. Não somos uma empresa e nem temos pretensões de que isso aconteça. Nem queremos lucrar. Apenas nos divertir e dar asas às nossas realizações pessoais, aplicando e desenvolvendo nossas próprias habilidades com o fim de trazer alegria às pessoas que apreciam a cultura japonesa. No fim das contas, é tudo um grande ciclo interativo, envolvendo amigos, trabalho, robbies e estudo.

Justamente aí, entra o stress, que nada mais é do que uma forma despreparada de conciliar todos esses fatores. Já tive crises de choro que soma outro fator a esses já citados: administração financeira. A universidade me pegou de surpresa e me desorientou. Nesse exato momento estou frustradíssima. Los Hermanos, minha banda favorita, que acabou em 2007, vai fazer apenas 3 shows esse ano, e criei bastantes expectativas sobre isso, e, justamente por essa desorientação financeira causada por quase um ano longe da universidade, resumindo: não vou ao show.

É complicado, pois não gosto de pedir coisas às pessoas. Parece um pouco de orgulho, e provavelmente é, mas ainda prefiro ajudar que ser ajudada. Porém, de ontem para hoje me questionei a respeito disso. Não sou mimada e nem vou bater o pé como tal, mas não posso deixar de negar que, quando as pessoas com quem convivo necessitam de qualquer ajuda, cá estou eu me disponibilizando a ampará-las dentro das minhas possibilidades. Mas e agora? Bom, agora não tenho mais a chance de ir.

A situação não é tão crítica nem melodramática como pode ter aparentado. Pelo contrário, é momento de aprendizado, consolidação, decisão e crescimento. Isso tudo me faz muito bastante feliz. =]
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